Teoria do Big Bang

Esquema do processo de expansão do Universo
Fonte: WIKIPEDIA
     Ao contrário do que muitos divulgam, a Teoria do Big Bang não é necessariamente uma teoria da criação do Universo, mas seu objetivo foi primeiramente descrever como ocorreu o processo de evolução do Cosmos. Ela foi proposta em 1948 pelo cientista russo naturalizado estadunidense George Gamow e pelo astrônomo belga Pe. George Lemaître, sob orientação de Sir Arthur Eddington, como forma de resolver o problema do redshift das galáxias. O redshift trata-se de um deslocamento na luz proveniente das galáxias para a região do vermelho do espectro visível, representando um afastamento das galáxias.
G. Gamow
G. Lemaître














     De acordo com eles, se as galáxias encontram-se em um processo de afastamento entre elas, pode ter havido um momento na história em que as mesmas estiveram reunidas em um único ponto. Deste único ponto houve uma grande expansão, da qual surgiu o universo, o qual passou por um processo de resfriamento, dando origem aos diversos corpos celestes.
     Porém a proposta não foi bem aceita inicialmente, tendo sido necessária a comprovação da teoria através da observação de evidências, sendo elas: a expansão do universo, a nucleossíntese primordial e a radiação cósmica de fundo. A expansão do universo ou redshift das galáxias já havia sido demonstrado pelo próprio Lemâitre, mas foi com o trabalho de Hubble no ano de 1929 que o aumento na distância das galáxias foi finalmente aceito, consistindo no primeiro pilar da teoria do Big Bang a ser comprovado, dando origem à Lei de Hubble.
     A nucleossíntese primordial consiste na formação dos primeiros átomos através de reações nucleares derivadas da formação das primeiras estrelas e foi comprovada em 1948 através do trabalho de Ralph Alpher, Hans Bethe e George Gamow. Os quais também descreveram a existência de uma radiação cósmica de fundo que seria resultado da nucleossíntese primordial e estaria presente em todo o Cosmos, tendo sido detectada pela primeira vez em 1978 por Arno Penzias e Robert Wilson, rendendo-lhes o Prêmio Nobel em 1978.
     Após a nucleossíntese primordial e com o resfriamento do Universo, este passou a ser rico em Hidrogênio e Hélio e foi neste instante em que a força gravitacional desempenhou seu majestoso papel com o surgimento das primeiras estrelas, possibilitando o surgimento de novos elementos químicos que mais tarde se tornaram a base para toda vida.

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